sexta-feira, 25 de abril de 2008

Empreender vai além das boas idéias


José Dornelas

Entrevista concedida ao Portal UNB Empreendedorismo ( sem data de publicação)

http://www.unb.br/temas/empreendedorismo/index.php



Resumo


Para José Dornelas, PhD em empreendedorismo, não é apenas o dom o responsável pelo espírito empreendedor, já que cada vez mais pessoas conseguem sucesso a partir de conhecimentos técnicos. Não existe, portanto, uma receita para o sucesso pois este depende de muitas variáveis.

A respeito do empreendedorismo corporativo, Dornelas acredita que ele possa ser aplicado no setor público pois postura empreendedora não é privilégio daqueles que abrem negócios e a burocracia é mito histórico que têm sido superado até pelas vias tradicionais. Empreender consiste em identificar oportunidades , o que pode ocorre em qualquer área.

Ao gestor de início de carreira não pode faltar foco e planejamento, erros estratégicos mais comuns.

E para garantir sucesso e evitar frustrações, é fundamental ao empreendedor conhecer seus parceiros ,sócios, trabalhar em equipe, estipular metas de longo a curto prazos e, principalmente, ter a auto-realização como objetivo principal.



Análise Crítica


O autor tenta esclarecer as dúvidas principais de “empreendedores de primeira viagem” , abordando assuntos importantes como a questão do empreendedorismo nato. Neste ponto deixa clara sua opinião de que a facilidade para empreender ajuda bastante, mas não é fator decisivo para o alcance do sucesso. O tema é de suma importância para a Administração já que não o administrador deve estar preparado para atuar em diversos tipos de empresa, inclusive sua própria. Mas como o próprio autor deixa claro, o empreendedorismo não está presente somente nos negócios,podendo ser aplicado também no setor público. Dorneles fala sobre este assunto de forma ousada pois sabemos que existe grande resistência quando falamos em quebrar barreiras e superar burocracia.

sábado, 12 de abril de 2008

CUSTO BRASIL

Carlos Alberto Sardenberg em sua coluna no O Globo de 10/04/2008, sob o título Custo Brasil, nos dá um retrato dos problemas enfrentados pelos empreendedores no Brasil.

Citando que a Gerdau tem 36 mil empregados em 13 países, com muitos processos trabalhistas, mas todos no Brasil, além dos problemas fiscais brasileiros, aborda a pesquisa realizada pelo Banco Mundial “Fazendo Negócio”, em que o Brasil aparece em 122º lugar entre 178 países. Considera que as reformas necessárias demoram no Brasil devido ao viés burocrático clássico, afirmando que pior é a ideologia anticapitalista, “um ponto de vista que atravessa toda a sociedade e o espectro político”, resultando na imposição de controles rígidos e absurdos sobre empresas que nem começaram a funcionar, parecendo que elas são culpadas antes de fazerem qualquer coisa. Conclui que deveria ser o contrário: haver liberdade ampla para empreender e punição no caso de algo errado ser feito, pois aqui, quem trabalha corretamente é sufocado por um ambiente hostil, enquanto quem trabalha fora da lei, no informal, fica anos sem ser importunado pelos fiscais.

Sardenberg é conhecido pelo seu posicionamento a favor do empreendedorismo e dos valores liberais, se destacando em um meio onde a maioria se alinha com, como ele mesmo diz, a ideologia anticapitalista, que valoriza o Estado e a profusão de controles, normas, portarias, etc... Ainda que haja a defesa da livre iniciativa por parte da grande maioria, a mesma é sempre colocada sob todo o tipo de controles, como se o empresário fosse suspeito e mesmo culpado, às vezes até mesmo antes de começar a trabalhar. Para quem trabalha com Administração ou se prepara para isso, é extremamente importante saber que dentre os fatores externos à organização, o Estado e, sobretudo, a visão anticapitalista que impregna a sociedade, é um fator que sempre deve ser levado em consideração nas decisões administrativas de todos os níveis – operacional, gerencial e, em especial, estratégico.