quarta-feira, 15 de outubro de 2008

DOLABELLA, Fernando. O Segredo de Luísa.
Rio de Janeiro: Sextante, 2008


Resenha dos capítulos 3 e 4( pag.121 a 179 )

As férias de Julho não foram muito boas para Luísa, que passara um longo tempo sem voltar à sua cidade aos finais de semana por conta de sua dedicação quase que exclusiva às idéias de sua empresa. Ao voltar a Ponte Nova teve várias surpresas desagradáveis. Descobriu que sua família já planejava seu casamento e sua lua-de-mel, além de já ter acertado com Drº Luiz, dono de uma clínica odontológica muito respeitada na cidade, onde ela iria trabalhar com um ótimo salário após sua formatura. Luísa fica visivelmente triste e não sabe como sair dessa situação e resolve procurar o professor Pedro novamente para aconselhá-la. Ele sugere a Luísa a começar a pensar em um padrinho para sua empresa. Ocorre o rompimento de seu namoro com Delcídio e, mais a frente, inicia o namoro com seu colaborador Eduardo. Logo ela lembra do Srº André, um empresário muito rico, dono de uma fábrica de biscoitos e com uma excelente e vasta experiência. Depois de várias tentativas, finalmente consegue marcar uma audiência com o empresário para expor suas idéias. Apesar da apreensão, já que tratava-se de um homem rico e ocupado. Este empresário na expectativa de que ele possa ser o seu padrinho. O empresário se mostra muito satisfeito ao examinar o plano de negócios apresentado e decide aceitar ser padrinho da empresa de Luísa. Ao conhecer o novo namorado de sua irmã, Luísa é aconselhada a procurar o INSOFT e o clube de empreendedores para ajudá-la na abertura do seu empreendimento. Porém, com a formatura se aproximando, Luísa é escolhida para ser oradora da sua turma, o que deixa sua mãe muito feliz. Mas a protagonista da história continua mantendo-se ocupada com os preparativos finais de abertura para sua empresa. Seu namorado Eduardo começa, a partir daí, a ficar desconfiado de Luísa e começa a segue-la pelas ruas de Belo Horizonte.
Dolabella mostra neste trecho da história que, para o sucesso do empreeendedor , além de uma boa idéia e de persistência , é muito importante mirar-se em exemplos bem sucedidos, como verificado no caso de seu novo padrinho: um homem de origem humilde, que iniciou seu império como balconista de mercearia. Além de auxilí-la com seu exemplo, ainda pode formar uma parceria financeira. Da mesma maneira, ao tomar contato com o clube de empreendedores, Luísa aumenta seu nível de aprofundamento no segmento empresarial. O autor continua a fazer o parelelo entre a ficção – aqui utilizada para mostrar de maneira simplificada os primeiros contatos com o mundo do empreendedorismo- e a abordagem quase acadêmica de temas como definição de público alvo, segmentação de mercado, conhecimento dos fornecedores, preço e marketing.


Disseminar A Cultura Empreendedora No Brasil

Artigo: Cléo Aragão Junior, em 23/09/2008
www.artigonal.com/administracao-geral-artigos/disseminar-a-cultura-empreendedora-no-brasil-574396.html

Vivemos na era globalização, do conhecimento e do empreendedorismo. É necessário, portanto, fomentar idéias claras e apresentar ferramentas práticas que possibilitem o domínio tácito do conhecimento, transformando-o em conhecimento explícito, tornando, desse modo, o conhecimento coletivo, partilhado por todos que a ele tenham acesso.
Outro aspecto concentra-se nos fundamentos culturais do empreendedorismo que se encontra intrínseco em grande parte dos alunos e trabalhadores brasileiros, mas ainda adormecido precisando ser despertado de uma forma pró-ativa, que possibilite vislumbrar oportunidades e que não seja praticado somente por necessidade.
Analisando a característica social e empresarial da sociedade brasileira, as disposições para o trabalho e a necessidade estão presentes, porém, não basta apenas querer fazer é preciso saber fazer e conseqüentemente é preciso oferecer condições para poder fazer.
O desenvolvimento do empreendedorismo é um dos grandes desafios desta era pós-industrial. Trata-se de um desafio à sociedade global, uma vez que envolve a ruptura de paradigmas consolidados durante todo o último século. Promover a capacidade empreendedora da sociedade é uma faceta multidimensional e, portanto, esforços isolados de alguns atores não gerarão resultados consistentes. Uma transição paradigmática envolve o desenvolvimento de novos valores, congruentes em toda a sociedade.
Assim, a criação de políticas governamentais macros e micros em nível nacional e políticas educacionais mais efetivas, favoráveis à criação e ao desenvolvimento de novas práticas educativas e o surgimento de empresas júnior e fortalecimento do movimento de incubadoras, por exemplo, constituem medidas fundamentais, assim, como muitas outras iniciativas brilhantes que têm contribuído para que empreendedores possam obter sucesso em seus projetos.
Contudo, a transição paradigmática envolve o cultivo de novos valores na base da formação do indivíduo na família e no sistema educacional. Estes são atores fundamentais para que a sociedade possa contar com um maior número de empreendedores no futuro. Para lidar com a complexidade do novo paradigma, todos deverão ser empreendedores, e não apenas aqueles que criarão novas empresas. As empresas já estabelecidas dependerão deles para manterem-se competitivas.
Muitos brasileiros que abrem a sua empresa não passam de um ano de atividade, pois não tem uma estrutura, conhecimento de seus concorrentes e do mercado. Uns dos fatores inibidores do empreendedorismo por oportunidade, no Brasil, a falta de acesso a créditos e o alto custo dos financiamentos, elevada carga de tributos e exigências legais e fiscais, a falta de capacitação para gestão do negocio e também a questão da educação, refletida no fato de que quanto menor anos de estudo, maior a motivação pela necessidade. Outro problema e quando a empresa prospera e não faz as devidas providencias de mudanças para uma nova adaptação. Isto faz com que as empresas de pequeno porte gerem tensões nos negocias e retardam o seu desenvolvimento.
É o conhecimento que possibilitara as pessoas visualizarem oportunidades e realmente empreenderem e serem gestores de empresas com praticas eficazes, garantindo, assim, a longevidade de seus empreendimentos. Desse modo, para se fazer a ponte entre a informação e o conhecimento é que entra o papel da cultura empreendedora.
Realmente para ter uma educação uma competência precisa: aprender a ser, aprender a conviver, aprender a aprender e aprender a fazer. O empreendedor é o individuo capaz de gerar novos conhecimentos a partir de saberes acumulados na sua própria historia de vida, os quais conduzem a aprender a empreender.
Hoje estamos na era do conhecimento e do empreendedorismo, isto faz com que tenhamos idéias claras e apresentar ferramentas práticas que possibilitem o domínio especifico do conhecimento, transformando em conhecimento explicito, tornando, desse modo, o conhecimento pessoal em conhecimento coletivo, partilhando por todos que ele tenham acesso.
Os fundamentos culturais do empreendedorismo que estão intrínsecos em grande parte dos trabalhadores brasileiros, precisa ser despertada de uma forma pró-ativa, que possibilite vislumbrar oportunidades e que não seja praticada por necessidade. A cultura empreendedora possibilita aos empreendedores estar preparado para definirem seus objetivos devidos, detectarem e agarrarem oportunidades, buscarem informações e para inserirem o planejamento e suas práticas gerenciais.
A característica social e empresarial da sociedade brasileira a disposição para trabalho e necessidade estão presentes, porem, não basta apenas querer fazer e sim saber fazer e conseqüentemente é preciso oferecer condições para poder fazer.

Resumo

Neste artigo, Cleo Aragão trata da importância do fomento às idéias e fornecimento de ferramentas aos empreendedores, principlamente aos jovens iniciantes. Mas mais do que tudo, a autora defende a necessidade da disseminação do conhecimento como forma de estímulo ao espírito empreendedor adormecido em muitos trabalhadores brasileiros, visando o aproveitamento de oportunidades de maneira pró-ativa e não somente por necessidade.
Para isso, a autora defende a criação de uma política governamental, principalmente no âmbito educacional, que permita a criação de empresas junior, evitando esforços isolados, muito comuns nos dias de hoje. Paralelamente, é destacada a importância da família na formação futura do indivíduo para que este possa lidar com a complexidade da criação de uma empresa.Mas não basta querer fazer; é necessário saber fazer. Assim a cultura empreendedora terá papel determinante no aproveitamento de oportunidades e no sucesso e longevidade dos novos negócios.

Análise Crítica

O tema abordado nesta materia tem toda relação com os assuntos abordados no de livro de Dolabella. As idéias dos dois autores convergem quando tratam, principalmente da questão cultural do empreendedorismo. Os autores ainda tratam da importância da família no apoio ao novo empreendedor; Ao tartar de uma quase “saga” de Luísa, que engatinha e aprende a andar neste novo mundo , Dolabella demonstra a fragilidade dos alicerces culturais em nosso país quando mostra que Luisa tem em seu sonho muito mais idéias do que conhecimentos técnicos e necessarios para a implantação e sobrevivência de sua ainda nem nascida empresa. A autora do artigo complementa essa idéia ao defender que os fundamentos culturais existem em muitos trabalhadores brasileitos devem ser alimentados inclusive por meio de programas governamentais.

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