quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O Segredo de Luísa - Parte Final

DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luisa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

Resenha dos capítulos 4.2 a 6 (pág. 180 a 242)

Nesta parte final do livro, Dolabela nos apresenta os desdobramentos finais não só da história pessoal de Luísa (o abandono da carreira de Odontologia, o namoro de Tina com Rodrigo – estudante de Administração que irá apresentar a Luísa idéias úteis para micro e pequenas empresas como veremos, a descoberta do seu segredo por Eduardo, a morte da Vovó Mestra, etc...) como também dos atos finais da constituição da GMA e seus primeiros passos como empresa.
Um dos elementos centrais dessa última parte, a finalização do Plano de Negócios da GMA, após a análise mercadológica realizada por Luísa leva naturalmente à análise financeira do negócio, o fluxo de caixa – ou em outras palavras, a geração de lucros, que é apresentada como a grande finalidade de qualquer empresa. Nas palavras de Luísa: “[O fluxo de caixa] é a gasolina do carro, enquanto o lucro é o óleo.” Outras questões fundamentais são apresentadas, como a necessidade de se apresentar os conceitos de empreendedorismo nas escolas – como diz o mentor de Luísa, André: “Pior que o desemprego é a ‘síndrome do empregado’, (...) preparado somente para executar o que outros criaram”; a estreita ligação entre vida pessoal e profissional do empreendedor – pois muito da sua saúde emocional depende do sucesso da empresa, além de grande parte do seu tempo – incluindo aquela parcela que as pessoas normais dedicam à família e ao lazer – ser voltado para a vida profissional; o crescente empreendedorismo entre as mulheres – segundo pesquisas as mulheres percebem o empreendedorismo mais positivamente do que os homens, sendo que apresentam melhor estrutura afetiva para lidar com ele; as questões delicadas que envolvem uma sociedade – se os sócios devem preferencialmente apresentar padrões de vida, ambições de renda e consumo e formação semelhantes, por outro lado, é interessante apresentarem perfis e habilidades diversificadas, numa complementaridade que pode ser essencial para atender as diversas necessidades da empresa; as incubadoras de empresas – onde recursos comuns são compartilhados por várias empresas de modo a permitir economia de custos fundamental no início de sua vida; os clubes de empreendedores, onde várias empresas se propõem a se ajudar mútuamente, etc...
Digno de nota são ainda os dois Apêndices ao final do livro, cujo primeiro apresenta o Plano de Negócios completo da GMA e o segundo, um teste que pretende avaliar se o leitor está preparado para ser um empreendedor.
Em outras palavras, um livro imperdível e de leitura muito agradável tanto para quem pretende se lançar em algum negócio como para quem deseja uma leitura leve e agradável.

Agora vamos apresentar um resumo do artigo “Ética também gera resultados”, de Herbert Steinberg, publicado em 08/07/2008, disponível no endereço http://semanaglobal.org.br/EmpreendedorismoArtigoIntegra.aspx?x=14 (acesso em 29/10/2008).

Steinberg afirma que cresce o debate sobre limites éticos, tanto em virtude de fraudes contábeis em gigantescas corporações americanas como por causa dos escândalos políticos no Brasil. ‘É possível uma empresa obter resultados acima da média sendo ética (...)? Com ética (...) se ganha dinheiro’? Em seguida nos apresenta o fato de que os investidores preferem empresas transparentes, e a boa governança só se obtém com relacionamentos éticos. Fundamentalmente, como não existem instituições sem pessoas, as mesmas devem se pautar pela ética, eliminando as “agendas ocultas”, vivendo nossos papéis arquetípicos diários – quem nunca se flagrou exercendo o papel de imperador, bispo, etc...? – com a maior integridade pessoal possível. Finalizando, Steinberg conclui que ‘boa governança implica convivência interpessoal carregada de ética’, pois dessa forma todos os interesses em jogo poderão estar contemplados de forma equilibrada. Em suas palavras finais: ‘boa governança não é algo que se tem, é algo que se vive’.

Agora comentamos.

Nesta última parte do livro Dolabela, através do mentor André, faz referência a quão pessoal é a relação da empresa com o empreendedor – principalmente no seu nascimento. Mais à frente, Luísa relembra vezes em que foi contatada por empresários para possíveis negócios, mas que na verdade estavam interessados nela como mulher e a conversa “negocial” era apenas pretexto para uma tentativa de sedução. Podemos perceber de forma cristalina da comparação entre o artigo de Steinberg e o livro de Dolabela como a pessoa do empreendedor é importante para a empresa – inversamente proporcional ao tamanho da mesma – e que, portanto, a ética do mesmo é fundamental para a percepção da empresa como tal. Igualmente, as pessoas/colaboradores devem ter a mesma orientação ética do líder para que a empresa seja vista como possuidora de transparência e boa governança. Nas palavras de Steinberg: “(...) ela deve possuir ética entranhada em seus valores reais (não aqueles exibidos em cartazes nas paredes)”.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

DOLABELLA, Fernando. O Segredo de Luísa.
Rio de Janeiro: Sextante, 2008


Resenha dos capítulos 3 e 4( pag.121 a 179 )

As férias de Julho não foram muito boas para Luísa, que passara um longo tempo sem voltar à sua cidade aos finais de semana por conta de sua dedicação quase que exclusiva às idéias de sua empresa. Ao voltar a Ponte Nova teve várias surpresas desagradáveis. Descobriu que sua família já planejava seu casamento e sua lua-de-mel, além de já ter acertado com Drº Luiz, dono de uma clínica odontológica muito respeitada na cidade, onde ela iria trabalhar com um ótimo salário após sua formatura. Luísa fica visivelmente triste e não sabe como sair dessa situação e resolve procurar o professor Pedro novamente para aconselhá-la. Ele sugere a Luísa a começar a pensar em um padrinho para sua empresa. Ocorre o rompimento de seu namoro com Delcídio e, mais a frente, inicia o namoro com seu colaborador Eduardo. Logo ela lembra do Srº André, um empresário muito rico, dono de uma fábrica de biscoitos e com uma excelente e vasta experiência. Depois de várias tentativas, finalmente consegue marcar uma audiência com o empresário para expor suas idéias. Apesar da apreensão, já que tratava-se de um homem rico e ocupado. Este empresário na expectativa de que ele possa ser o seu padrinho. O empresário se mostra muito satisfeito ao examinar o plano de negócios apresentado e decide aceitar ser padrinho da empresa de Luísa. Ao conhecer o novo namorado de sua irmã, Luísa é aconselhada a procurar o INSOFT e o clube de empreendedores para ajudá-la na abertura do seu empreendimento. Porém, com a formatura se aproximando, Luísa é escolhida para ser oradora da sua turma, o que deixa sua mãe muito feliz. Mas a protagonista da história continua mantendo-se ocupada com os preparativos finais de abertura para sua empresa. Seu namorado Eduardo começa, a partir daí, a ficar desconfiado de Luísa e começa a segue-la pelas ruas de Belo Horizonte.
Dolabella mostra neste trecho da história que, para o sucesso do empreeendedor , além de uma boa idéia e de persistência , é muito importante mirar-se em exemplos bem sucedidos, como verificado no caso de seu novo padrinho: um homem de origem humilde, que iniciou seu império como balconista de mercearia. Além de auxilí-la com seu exemplo, ainda pode formar uma parceria financeira. Da mesma maneira, ao tomar contato com o clube de empreendedores, Luísa aumenta seu nível de aprofundamento no segmento empresarial. O autor continua a fazer o parelelo entre a ficção – aqui utilizada para mostrar de maneira simplificada os primeiros contatos com o mundo do empreendedorismo- e a abordagem quase acadêmica de temas como definição de público alvo, segmentação de mercado, conhecimento dos fornecedores, preço e marketing.


Disseminar A Cultura Empreendedora No Brasil

Artigo: Cléo Aragão Junior, em 23/09/2008
www.artigonal.com/administracao-geral-artigos/disseminar-a-cultura-empreendedora-no-brasil-574396.html

Vivemos na era globalização, do conhecimento e do empreendedorismo. É necessário, portanto, fomentar idéias claras e apresentar ferramentas práticas que possibilitem o domínio tácito do conhecimento, transformando-o em conhecimento explícito, tornando, desse modo, o conhecimento coletivo, partilhado por todos que a ele tenham acesso.
Outro aspecto concentra-se nos fundamentos culturais do empreendedorismo que se encontra intrínseco em grande parte dos alunos e trabalhadores brasileiros, mas ainda adormecido precisando ser despertado de uma forma pró-ativa, que possibilite vislumbrar oportunidades e que não seja praticado somente por necessidade.
Analisando a característica social e empresarial da sociedade brasileira, as disposições para o trabalho e a necessidade estão presentes, porém, não basta apenas querer fazer é preciso saber fazer e conseqüentemente é preciso oferecer condições para poder fazer.
O desenvolvimento do empreendedorismo é um dos grandes desafios desta era pós-industrial. Trata-se de um desafio à sociedade global, uma vez que envolve a ruptura de paradigmas consolidados durante todo o último século. Promover a capacidade empreendedora da sociedade é uma faceta multidimensional e, portanto, esforços isolados de alguns atores não gerarão resultados consistentes. Uma transição paradigmática envolve o desenvolvimento de novos valores, congruentes em toda a sociedade.
Assim, a criação de políticas governamentais macros e micros em nível nacional e políticas educacionais mais efetivas, favoráveis à criação e ao desenvolvimento de novas práticas educativas e o surgimento de empresas júnior e fortalecimento do movimento de incubadoras, por exemplo, constituem medidas fundamentais, assim, como muitas outras iniciativas brilhantes que têm contribuído para que empreendedores possam obter sucesso em seus projetos.
Contudo, a transição paradigmática envolve o cultivo de novos valores na base da formação do indivíduo na família e no sistema educacional. Estes são atores fundamentais para que a sociedade possa contar com um maior número de empreendedores no futuro. Para lidar com a complexidade do novo paradigma, todos deverão ser empreendedores, e não apenas aqueles que criarão novas empresas. As empresas já estabelecidas dependerão deles para manterem-se competitivas.
Muitos brasileiros que abrem a sua empresa não passam de um ano de atividade, pois não tem uma estrutura, conhecimento de seus concorrentes e do mercado. Uns dos fatores inibidores do empreendedorismo por oportunidade, no Brasil, a falta de acesso a créditos e o alto custo dos financiamentos, elevada carga de tributos e exigências legais e fiscais, a falta de capacitação para gestão do negocio e também a questão da educação, refletida no fato de que quanto menor anos de estudo, maior a motivação pela necessidade. Outro problema e quando a empresa prospera e não faz as devidas providencias de mudanças para uma nova adaptação. Isto faz com que as empresas de pequeno porte gerem tensões nos negocias e retardam o seu desenvolvimento.
É o conhecimento que possibilitara as pessoas visualizarem oportunidades e realmente empreenderem e serem gestores de empresas com praticas eficazes, garantindo, assim, a longevidade de seus empreendimentos. Desse modo, para se fazer a ponte entre a informação e o conhecimento é que entra o papel da cultura empreendedora.
Realmente para ter uma educação uma competência precisa: aprender a ser, aprender a conviver, aprender a aprender e aprender a fazer. O empreendedor é o individuo capaz de gerar novos conhecimentos a partir de saberes acumulados na sua própria historia de vida, os quais conduzem a aprender a empreender.
Hoje estamos na era do conhecimento e do empreendedorismo, isto faz com que tenhamos idéias claras e apresentar ferramentas práticas que possibilitem o domínio especifico do conhecimento, transformando em conhecimento explicito, tornando, desse modo, o conhecimento pessoal em conhecimento coletivo, partilhando por todos que ele tenham acesso.
Os fundamentos culturais do empreendedorismo que estão intrínsecos em grande parte dos trabalhadores brasileiros, precisa ser despertada de uma forma pró-ativa, que possibilite vislumbrar oportunidades e que não seja praticada por necessidade. A cultura empreendedora possibilita aos empreendedores estar preparado para definirem seus objetivos devidos, detectarem e agarrarem oportunidades, buscarem informações e para inserirem o planejamento e suas práticas gerenciais.
A característica social e empresarial da sociedade brasileira a disposição para trabalho e necessidade estão presentes, porem, não basta apenas querer fazer e sim saber fazer e conseqüentemente é preciso oferecer condições para poder fazer.

Resumo

Neste artigo, Cleo Aragão trata da importância do fomento às idéias e fornecimento de ferramentas aos empreendedores, principlamente aos jovens iniciantes. Mas mais do que tudo, a autora defende a necessidade da disseminação do conhecimento como forma de estímulo ao espírito empreendedor adormecido em muitos trabalhadores brasileiros, visando o aproveitamento de oportunidades de maneira pró-ativa e não somente por necessidade.
Para isso, a autora defende a criação de uma política governamental, principalmente no âmbito educacional, que permita a criação de empresas junior, evitando esforços isolados, muito comuns nos dias de hoje. Paralelamente, é destacada a importância da família na formação futura do indivíduo para que este possa lidar com a complexidade da criação de uma empresa.Mas não basta querer fazer; é necessário saber fazer. Assim a cultura empreendedora terá papel determinante no aproveitamento de oportunidades e no sucesso e longevidade dos novos negócios.

Análise Crítica

O tema abordado nesta materia tem toda relação com os assuntos abordados no de livro de Dolabella. As idéias dos dois autores convergem quando tratam, principalmente da questão cultural do empreendedorismo. Os autores ainda tratam da importância da família no apoio ao novo empreendedor; Ao tartar de uma quase “saga” de Luísa, que engatinha e aprende a andar neste novo mundo , Dolabella demonstra a fragilidade dos alicerces culturais em nosso país quando mostra que Luisa tem em seu sonho muito mais idéias do que conhecimentos técnicos e necessarios para a implantação e sobrevivência de sua ainda nem nascida empresa. A autora do artigo complementa essa idéia ao defender que os fundamentos culturais existem em muitos trabalhadores brasileitos devem ser alimentados inclusive por meio de programas governamentais.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O Segredo de Luísa

DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa.
Rio de Janeiro: Sextante, 2008

Resenha dos capítulos 1 a 2 ( pág. 22 a 121)

Enquanto conta a trajetória de Luísa, através de sua busca de ferramentas para o alicerce de sua idéia de negócio, Dolabela faz um paralelo com conceitos fundamentais do empreendedorismo, tentando de maneira didática apresentar o tema, de forma simplificada e acessível, principalmente àqueles que desconhecem termos técnicos. Torna-se possível, então, um contato inicial com algumas idéias de autores como J.A.Timmons, J.A.Hornaday, Allan Gibb, e Peter Drucker, figuras importantes no mundo da Administração.
Nestes capítulos tenta o autor desmistificar o termo “empreendedor” através de sua definição, seu perfil no mundo atual, sua importância para a sociedade e sua natureza, chegando à conclusão de que o empreendedor não é somente o empresário bem sucedido, mas sim alguém que sonha e busca tornar o seu sonho uma realidade. Assim, vemos como Luísa começa a amadurecer sua idéia de negócio, (a fabricação da famosa goiabada cascão) já que não tem pretensões de seguir a carreira de Odontologia, sonhada para ela pelos pais. A protagonista da história percebe a necessidade de estabelecimento de uma rede de relacionamentos ao conhecer um professor de uma nova disciplina acadêmica chamada empreendedorismo. A partir daqui, o autor aborda assuntos vitais para aqueles que desejam ingressar no mundo das empresas próprias: o netwok , a busca pelas perguntas, a perseverança, o aprendizado com o fracasso, a diferença entre idéia e oportunidade, o papel fundamental exercido pelo líder dentro da empresa.
O professor de Luísa passa a ter papel fundamental para a organização de suas idéias, mostrando-lhe, através do estímulo à pesquisa, as dificuldades que pode encontrar e sobre as quais ainda não havia se dado conta. É elaborado um Plano de Negócios que, após seis meses de estudos, pesquisas e noites mal dormidas, chega muito próximo ao realizável. Surge a figura da pesquisa de mercado, do teste de conceito e de utilidade do produto e o teste de mercado, ferramentas importantes para o estabelecimento de estratégias e para o conhecimento da concorrência, clientela e meio de atuação.
Luísa passa a entender de maneira mais aprofundada que não basta apenas uma boa idéia para que seu negócio dê certo. Entende a necessidade de estudar assuntos como certificação de qualidade, marketing de produtos, produção, finanças e administração, mas principalmente, entende que será preciso que se dedique integralmente ao seu ideal, colocando em xeque a questão da conclusão de sua faculdade, seu noivado , a expectativa de seus familiares em detrimento de sua realização pessoal. Desta maneira, entende os impactos da empresa em sua vida pessoal.

Quanto você pagaria por uma nota de R$ 20,00?

Artigo: Miguel Lacerda de Oliveira em 03/09/2007
www.sebraego.com.br

Pode parecer esdrúxulo, mas o leilão de uma nota de 20 dólares é feito nas aulas do psicólogo e coordenador do programa de negociação de Harvard, nos Estados Unidos, Max Bazerman. A primeira questão é notar o quanto os americanos se dedicam à chamada psicologia da negociação. Claro, no que tange os processos racionais, eles, os americanos, já produziram os modelos de Teoria dos Jogos que são usados com a ajuda de megacomputadores para decisões mais complexas de combate ao terrorismo, alocação de tropas e tratados comerciais. Entretanto, a grande descoberta na área da negociação é a de que os processos cognitivos ou psicológicos desempenham um papel maior do que a razão. Isso mesmo, em uma negociação age-se muito mais com a ‘emoção’ do que com a razão.
Já fiz essa dinâmica e o resultado é geralmente o mesmo. A regra é o seguinte: reúna mais de dez pessoas e leiloe uma nota de vinte reais em que os lances devem variar em, no mínimo, um real, e quem fizer a maior oferta leva a nota de vinte, mas o segundo lugar deve pagar ao leiloeiro o valor do seu lance. Assim, se o lance que ganhar for de quatro reais e o lance anterior for de três, o leiloeiro pagará uma nota de vinte para o ofertante ganhador e receberá, além dos quatro reais, mais três reais do segundo lugar. O leilão sempre começa com um sorriso dos participantes. É quase como se pudéssemos ler seus pensamentos: “vou ganhar dezenove reais pagando só um real pela nota; até dezenove reais ainda ganho um real; vou até dez e depois não ofereço nada ou há alguma coisa que eu não estou ainda entendendo?”.
Quando o leilão começa os lances vão de um em um real e, depois dos dez reais, geralmente sobram só dois ofertantes. Nessa hora, cabe ao leiloeiro lembrar ao perdedor – e agora é importante lembrar a palavra ‘perdedor’ –, que ele tem que pagar o seu lance. Quando os lances ultrapassam os vinte reais todos começam a rir, menos os dois que ficaram na disputa. Não se surpreenda se o leiloeiro receber mais de cinqüenta reais por uma nota de vinte (uma parte do ganhador e outra parte do perdedor). Sempre acerto em não receber o dinheiro, pois o ganhador paga mais do que vinte reais pela nota. O importante é o aprendizado.
Isso pode parecer estranho, mas entramos em ‘leilões de nota de vinte’ mais comumente do que gostamos de admitir. Só para citar exemplos: conhece alguém que possui um negócio que só vem trazendo prejuízos, mas ele continua pedindo emprestado para cobrir as despesas? Conhece alguém que gasta mais do que ganha por anos e que cada vez está mais endividado? Nos dois casos, os empréstimos começaram com o banco comercial, depois os agiotas (juros ainda mais altos) e chegam até a vender o patrimônio da família e ou dos amigos para se salvar. A situação fica insustentável e acaba com a fuga da cidade, país ou um endividamento tão profundo que acarreta conseqüências até mais graves. Isso só para citar alguns exemplos.
A questão é tratada por estudiosos da negociação pelo nome de ‘armadilha da escalada’. As causas dessa armadilha são complexas e estão centradas no modelo de cognição do indivíduo, mas a sua solução é aparentemente simples. São três medidas que ajudam: considere o pensamento dos outros participantes do negócio; esqueça o que você já perdeu e, finalmente, se você já entrou na armadilha ataque a causa do problema.
Primeiro, considere o pensamento dos outros participantes do negócio. Geralmente, o nosso olhar em uma negociação é para o nosso umbigo. Pensamos, em nós mesmo e em como nós ganharemos o negócio. Joga na loteria toda semana cinco reais e, quanto ela acumula, joga trinta reais? O que você acha que as outras milhões de pessoas também fazem? A variação entre os seus cinco e trinta reais é insignificante para sua chance de ganhar. Procure e você achará uma armadilha da escalada nessa questão da loteria. No caso do leilão da nota de vinte, o que geralmente não se leva em conta é que as outras pessoas também querem ganhar a nota. Quando todo mundo quer a nota, a armadilha está pronta. Montou um negócio sem pensar nos clientes ou concorrentes só porque tem um produto ou idéia muito boa? Conhece alguém que tinha um produto ou serviço ótimo, mas não pensou no concorrente ou em como atrair clientes?
Segundo, esqueça o que você já perdeu. Nós economistas chamamos isso de custos afundados ou irrecuperáveis. Imagine uma empresa que monta uma estrutura milionária para perfurar um poço de petróleo em que o petróleo não é achado. Quando ela deve parar? Já pensou se fosse até recuperar o dinheiro investido? Teríamos milhões de poços até o meio do mundo, a custos estratosféricos. Às vezes, não se demite um mau funcionário porque ele custou muito para a empresa em termos de treinamento e seleção e a sua rescisão é muito cara, apesar de ele só trazer prejuízos para empresa. Já comprou algo ruim e continua usando só por que pagou caro por ele? Desista. É melhor olhar par frente. A sociedade tem uma visão negativa da desistência e pode estar certa em muitos casos, mas no caso da armadilha da escalada é melhor perder um pouco do que tudo.
Entretanto, caso esteja na armadilha ataque a causa do problema. Se o problema é você ter entrado no negócio, saia do negócio. As primeiras pessoas que saíram do leilão não perderam nada. O problema do leilão era o próprio leilão. Caso esteja se endividando mais para pagar uma dívida, a solução não é contrair mais dívida – gaste menos do que ganha; venda um bem para quitar a dívida antes que esta aumente ou volte para o aluguel caso seja necessário. Ataque o problema e não os seus efeitos.
Negociar não é uma tarefa tão simples e os efeitos de uma má negociação podem ser perversos, mesmo na vida. A armadilha da escalada é só um dos vieses de nossa incapacidade de dispor e processar todas as informações necessárias para se fazer um bom negócio. A pergunta lhe será feita muitas vezes na vida, mesmo que não com as mesmas palavras, mas com o mesmo sentido: quanto você paga por uma nota de vinte?

Resumo

Neste artigo, Miguel Ivan aborda a importância do planejamento de nossas ações enquanto empreendedores, principalmente na questão das armadilhas a que somos expostos e a que nos impomos a todo momento quando somos levados pelas emoções. Da mesma maneira, à medida em que tomamos decisões distanciados de nossa razão temos dificuldade de enxergar a dimensão do problema. Assim, o artigo tenta nos faz enxergar através de uma “mera” brincadeira, que muitas vezes em nossa vida acabamos pagando mais do que R$ 20,00 por uma nota de tal valor, simplesmente por não sabermos o momento de parar. Saber desitstir e saber o seu momento certo acaba ,portanto, sendo tão importante quanto descobrir como iniciar uma empreitada.


Análise crítica

Este artigo nos remete a vários temas importantes dentro do assunto do empreendimento. Trata da questão da visão estratégica, do planejamento e oportunidade . As idéias abordadas no livro de Dolabela convergem perfeitamente com as preocupações tratadas no artigo, à medida em que tratam da importância do planejamento das ações. Da mesma forma,o artigo de Miguel Ivan complementa as idéias de Dolabela: o empreendedor para este é aquele que busca tornar seu sonho realidade. Muitas vezes sem a noção de que está pagando muito mais em uma nota de R$ 20,00. Daí a importancia da visão estratégica, onde saber desistir é primordial para evitar maiores prejuízos, segundo Miguel Ivan.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Resenha


O SEGREDO DE LUÍSA

O livro relata a trajetória de vida de Luísa, que se passa entre as cidades de Ponte Nova, interior de Minas Gerais, e Belo Horizonte , capital do Estado.
Graduando Odontologia em Belo Horizonte, para satisfazer os anseios de seus pais. Luísa acalentava o grande sonho de tornar-se uma empresária de sucesso, sonho este, que tinha como grande fonte de inspiração sua Tia Fernanda, uma comerciante nata, proprietária do Sereia Azul, um armazém de grande projeção comercial em Ponte Nova.
Produzindo uma goiabada cascão, Fernanda conquistou um grande número de admirados para o seu produto, e Luísa todas as vezes que retornava a cidade para passar o final de semana, levava para seus amigos da capital uma pequena quantidade desta goiabada. Após um grande número de elogios e pedidos de novas remessas da goiabada, Luísa percebeu então a oportunidade de realizar seu grande sonho, torna-se uma empresária, industrializando a produção de sua Tia.Porém ao colocar seu objetivo em pratica, Luísa, percebeu que teria mais problemas e desafios do que imaginava, sendo que um dos primeiros foi convencer sua Tia a ajudá-la a prosseguir com os seus planos.

Matéria Jornalística

01/08/2008

Universitários do DF ganham acesso ao universo empreendedor

Segunda-feira (4), uma palestra do Professor Fernando Dolabela marca o lançamento do Núcleo do Talento Empreendedor para as Universidades de todo o Distrito Federal

Do Sebrae/DF

Brasília - A Associação de Jovens Empresários do Distrito Federal (AJE), com apoio do Sebrae/DF, lança na segunda-feira (4) o projeto Núcleo do Talento Empreendedor (NTE) para a comunidade acadêmica e universitários de todo o DF. O projeto, que já é desenvolvido de forma piloto desde fevereiro em três universidades, será apresentado para novos parceiros a fim de ampliar a capacitação de estudantes na área empresarial.
Na ocasião, o professor mineiro Fernando Dolabela, considerado um dos maiores especialistas em empreendedorismo do País e autor do livro 'O Segredo de Luísa', ministrará a palestra 'Perfil empreendedor é requisito para qualquer atividade profissional'.
A idéia é motivar os participantes a trilhar um caminho diferente do que é buscado por grande parte dos estudantes. “Os jovens são preparados desde cedo para passar num concurso, mas a máquina pública não tem condições de absorver todos. Enxergamos no empreendedorismo uma alternativa para que o jovem tenha um futuro profissional promissor”, afirma o vice-presidente da AJE, Flávio Resende.
A meta do Núcleo do Talento Empreendedor é capacitar dois mil universitários até 2010, de acordo com Maria Auxiliadora Umbelino de Souza, coordenadora do projeto na Unidade de Orientação Empresarial do Sebrae no DF. “Queremos mostrar ao universitário como enfrentar o mercado e a concorrência agressiva que existe hoje”, diz.
Ela explica que o NTE funciona em três etapas: uma de Inspiração, com palestras e atividades motivadoras para os estudantes; outra de Criação, que conta com oficinas e consultoria empresarial; e uma última fase chamada Evolução, na qual o participante tem a oportunidade de colocar em prática o que aprendeu, por meio de estágios, além de elaborar um plano de negócio próprio.
Estudantes de todas as áreas de graduação podem participar do projeto e não há restrição em relação ao semestre que está sendo cursado, nem à faixa etária. Além disso, todas as atividades dão direito a um Certificado. Mais detalhes do projeto serão apresentados durante o evento.

www.df.sebrae.com.br

sábado, 24 de maio de 2008

E até o pequi saiu perdendo...

E vamos de novo com Carlos Alberto Sardenberg em sua coluna de O Globo de 22/05/2008, intitulada “Sem fábrica. E sem pequi”.

Ancorada em uma pesquisa que mostra que 600.000 novos domicílios brasileiros passaram a comprar refrigerante, a Ambev resolveu montar uma nova fábrica no país, e escolheu o município de Sete Lagoas, em Minas Gerais. Comprou terreno e anunciou investimentos de R$ 240 milhões além de 2.000 empregos diretos e indiretos. O terreno tem 410 árvores de pequi, e uma lei estadual proíbe o seu corte. A Ambev propôs plantar 10.000 pequizeiros em local a ser definido pelos órgãos ambientais. Não pode. A lei não prevê essa substituição. A Ambev então procura terreno em outro lugar, embora a prefeitura e lideranças locais procurem uma solução. O mais provável é que Sete Lagoas perca os empregos e o investimento. A Ambev tem recursos humanos e materiais para contornar esse tipo de dificuldade; já pequenas e médias empresas desistem e ficam pelo caminho. Em tempo: Sete Lagoas perde também, 9.590 árvores de pequi!!!

Sardenberg mantém a sua postura de defesa da livre iniciativa, e nos dá conta de mais uma “pérola” brasileira. A situação é verdadeiramente absurda se considerarmos que a própria questão ambiental – se podemos chamar assim, visto que não consta que o pequi esteja em extinção – não é atendida, já que mais de 9.000 árvores adicionais deixarão de ser plantadas. É incrível como o legislador não tem, aparentemente, nenhuma preocupação com as conseqüências de seus atos (a reportagem nos dá conta de que ninguém se lembra de como essa lei foi aprovada). Ainda que essa lei em especial não tenha aparentemente nenhum preconceito contra a livre iniciativa, é fácil ver como leis feitas aparentemente sem nenhum critério podem se transformar em empecilhos não só ao empreendedorismo, mas também ao próprio bem-estar da população a quem supostamente deveriam proteger. Boa sorte ao povo de Sete Lagoas – e pelo visto vão precisar muito...

sábado, 10 de maio de 2008

As Esquicitices Legais...

Carlos Alberto Sardenberg em sua coluna no O Globo de 08/05/2008, sob o título O Gringo é Carioca, nos mostra certas aberrações legais que impedem negócios importantes para o país.

Sardenberg nos conta que David Neeleman, famoso empresário americano dono de três companhias aéreas, entre elas a revolucionária JetBlue, vai abrir sua quarta companhia aérea no Brasil. Ótimo para o país, mas revelador de um detalhe: normalmente Neeleman não poderia fazê-lo pois estrangeiros não podem deter mais de 20% do capital de empresas aéreas. No caso de Neeleman, filho de pais americanos, ele nasceu no Rio de Janeiro e aqui viveu seus primeiros anos, tendo ainda pequeno seguido para os EUA e lá construído toda a sua vida e fortuna. Esse pequeno detalhe lhe dá cidadania brasileira e a possibilidade de um negócio que aumenta a concorrência em um mercado marcado pelo duopólio Tam / Gol – bom para os consumidores e o país. Nesse caso, o acaso favoreceu o país e evidenciou o absurdo da situação e da lei. Mas quantos outros bons negócios não estaremos perdendo?

Mais uma vez Sardenberg faz a defesa dos valores liberais, e nesse caso ressalta o anacronismo de nossas leis, oriundas de um xenofobismo ao estrangeiro que não deveria ter mais lugar nos dias de hoje. Para os profissionais e estudantes ligados a Administração, é importante conhecer os marcos legais que envolvem a sua profissão, mas no Brasil em especial, conhecer a legislação e os entraves ao empreendedorismo, lutando pelos avanços e reformas tão necessários ao nosso desenvolvimento, é cada vez mais necessário, como a situação absurda evidenciada na coluna de Sardenberg nos mostra. Num mundo em que a evolução e desenvolvimento se mostram cada vez mais velozes, manter uma legislação preconceituosa e lesivas ao interesse do país deve ser combatido com toda a ênfase.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Empreender vai além das boas idéias


José Dornelas

Entrevista concedida ao Portal UNB Empreendedorismo ( sem data de publicação)

http://www.unb.br/temas/empreendedorismo/index.php



Resumo


Para José Dornelas, PhD em empreendedorismo, não é apenas o dom o responsável pelo espírito empreendedor, já que cada vez mais pessoas conseguem sucesso a partir de conhecimentos técnicos. Não existe, portanto, uma receita para o sucesso pois este depende de muitas variáveis.

A respeito do empreendedorismo corporativo, Dornelas acredita que ele possa ser aplicado no setor público pois postura empreendedora não é privilégio daqueles que abrem negócios e a burocracia é mito histórico que têm sido superado até pelas vias tradicionais. Empreender consiste em identificar oportunidades , o que pode ocorre em qualquer área.

Ao gestor de início de carreira não pode faltar foco e planejamento, erros estratégicos mais comuns.

E para garantir sucesso e evitar frustrações, é fundamental ao empreendedor conhecer seus parceiros ,sócios, trabalhar em equipe, estipular metas de longo a curto prazos e, principalmente, ter a auto-realização como objetivo principal.



Análise Crítica


O autor tenta esclarecer as dúvidas principais de “empreendedores de primeira viagem” , abordando assuntos importantes como a questão do empreendedorismo nato. Neste ponto deixa clara sua opinião de que a facilidade para empreender ajuda bastante, mas não é fator decisivo para o alcance do sucesso. O tema é de suma importância para a Administração já que não o administrador deve estar preparado para atuar em diversos tipos de empresa, inclusive sua própria. Mas como o próprio autor deixa claro, o empreendedorismo não está presente somente nos negócios,podendo ser aplicado também no setor público. Dorneles fala sobre este assunto de forma ousada pois sabemos que existe grande resistência quando falamos em quebrar barreiras e superar burocracia.

sábado, 12 de abril de 2008

CUSTO BRASIL

Carlos Alberto Sardenberg em sua coluna no O Globo de 10/04/2008, sob o título Custo Brasil, nos dá um retrato dos problemas enfrentados pelos empreendedores no Brasil.

Citando que a Gerdau tem 36 mil empregados em 13 países, com muitos processos trabalhistas, mas todos no Brasil, além dos problemas fiscais brasileiros, aborda a pesquisa realizada pelo Banco Mundial “Fazendo Negócio”, em que o Brasil aparece em 122º lugar entre 178 países. Considera que as reformas necessárias demoram no Brasil devido ao viés burocrático clássico, afirmando que pior é a ideologia anticapitalista, “um ponto de vista que atravessa toda a sociedade e o espectro político”, resultando na imposição de controles rígidos e absurdos sobre empresas que nem começaram a funcionar, parecendo que elas são culpadas antes de fazerem qualquer coisa. Conclui que deveria ser o contrário: haver liberdade ampla para empreender e punição no caso de algo errado ser feito, pois aqui, quem trabalha corretamente é sufocado por um ambiente hostil, enquanto quem trabalha fora da lei, no informal, fica anos sem ser importunado pelos fiscais.

Sardenberg é conhecido pelo seu posicionamento a favor do empreendedorismo e dos valores liberais, se destacando em um meio onde a maioria se alinha com, como ele mesmo diz, a ideologia anticapitalista, que valoriza o Estado e a profusão de controles, normas, portarias, etc... Ainda que haja a defesa da livre iniciativa por parte da grande maioria, a mesma é sempre colocada sob todo o tipo de controles, como se o empresário fosse suspeito e mesmo culpado, às vezes até mesmo antes de começar a trabalhar. Para quem trabalha com Administração ou se prepara para isso, é extremamente importante saber que dentre os fatores externos à organização, o Estado e, sobretudo, a visão anticapitalista que impregna a sociedade, é um fator que sempre deve ser levado em consideração nas decisões administrativas de todos os níveis – operacional, gerencial e, em especial, estratégico.

sábado, 29 de março de 2008

Aumenta número de empreendedores no Brasil


Veículo:Internet
Data da Publicação:19/03/2008
Autor:Regina Xeila






Fonte:http://asn.interjornal.com.br/noticia.kmf?noticia=7063951&canal=207

Reflexão Crítica

O Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade(IBPQ), através de seu pesquisador Paulo Bastos, apresentou os últimos números referentes ao índice de empreendedorismo mundial, de acordo com a empresa Global Entrepreneurship Monitor(GEM). O crescimento das empresas iniciais (TEA) cresceu de 11,6%, em 2006, para 12,72%, em 2007, o que equivale a 15 milhões de empreendimentos.
No ranking mundial, o Brasil passa de décimo lugar para nono lugar, localizando-se entre os prinicpais países empreendedores do mundo.
Apesar do Brasil, ter ganho apenas uma posição no ranking, devemos considerar de tamanha eloquência, visto que houve a inserção de cinco novos países na pesquisa:Cazaquistão, Porto Rico, República Dominicana, Romênia e Sérvia.
Esta pesquisa GEM trabalhou com duas categorias de ranking, taxa de empreendedores em estágio inicial, medida a partir da pesquisa com população adulta(18 a 64 anos) e outra categoria é a de empresas estabelecidas há pelo menos três anos e meio.
Entre a de empresas estabelecidas, o Brasil ficou em sexto lugar(9,94%). A Tailândia(21,35%) e o Peru(15,25%) também lideram esta categoria, seguido da Grécia(13,31%), Colômbia(11,56%) e Argentina(9,96%). Entre os que possuem menos empresas estabelecidas estão Porto Rico(2,40%), Israel(2,36%), França(1,74%), Rússia(1,68%) e Bélgica(1,40%).
As expectativas para as próximas medições são promissoras, em virtude da implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, isso porque a lei traz um conjunto de normas que desburocratiza não só a arrecadação de impostos, com Simples Nacional, como também o processo de abertura de empresa, através do Cadastro Sincronizado.
Para compor a pesquisa no Brasil em 2007, 2.000 indivíduos em fase adulta, entrre 18 e 64 anos, foram entrevistadas, em todas as regiões brasileiras, selecionadas por meio de amostra probabilística.

A educação e o empreendedorismo

Análise Crítica

A prática do empreendedorismo mostra-se cada vez mais frequente no Brasil como opção de carreira, frente às dificuldades sócio-econômicas que assolam o país e reduzem as oportunidades para aqueles que querem ingressar no mercado de trabalho. No entanto, a prática do empreendedorismo convive com a falência de muitas organizações, em decorrência dos baixos níveis de educação e da desmotivação dos empresários para utilizarem ferramentas gerenciais capazes de profissionalizar suas atividades. Identifica-se o grau de importância que os micro e pequenos empresários dão a essas ferramentas gerenciais, especificamente o plano de negócios, para a abertura e gestão de uma empresa. Considera-se que os conhecimentos relacionados com essas ferramentas gerenciais, estão atrelados a formação acadêmica do empresário. Constata-se, ao final, que, apesar de considerarem o plano de negócios e a educação formal como fatores importantes para a gestão de seu grande empreendimento, os empresários não se sentem estimulados a dedicarem seu tempo a aprendizagem de ferramentas gerenciais. Com base nesta consntatação, questiona-se a relevância dos cursos de administração perguntando-se se estão preparados para prover os estudantes a luz de uma educação empreendedora, que estimule e viabilize a utilização de ferramentas gerenciais, como o plano de negócios, para a sobrevivência e obtenção de resultados positivos pela empresa.

domingo, 16 de março de 2008

POR QUE EMPREENDER?

Acreditamos que o empreendedorismo está intrinsecamente ligado ao progresso e desenvolvimento da humanidade. Desde a antiguidade, pessoas com vontade e criatividade, por si ou através de instituições, trouxeram, para o bem e/ou para o mal, os homens até o ponto em que nos encontramos hoje. Pretendemos discutir a necessidade de empreender e os incentivos e/ou obstáculos à sua consecução neste nosso Brasil.